Le Diadème A., planche 12, image 6 (c) 2002 Luís Diferr
Trata-se de um projeto começado há muito tempo, para um amigo desenhador, que não teve sequência na altura. Mais tarde, reformulei-o e desenvolvi-o e, em abril de 2002, assumi eu próprio o desenho: tinta-da-china e cor direta a aguarela. Mas tive que o interromper, sobretudo no final desse ano quando comecei a trabalhar sobre a Viagem de Loïs a PORTUGAL.
Em todo o caso, nunca abandonei o projeto e, ao longo do tempo, este evoluiu bastante. Conta atualmente dois ciclos de dois álbuns cada um. Mas a vida nem sempre é fácil, a coragem nem sempre está presente e a concretização deste projeto (entre outros) avança a passo de caracol.
Então, após a publicação de PORTUGAL, confrontado com o desinteresse da Editora Casterman, eu hesitava entre três ou quatro hipóteses quando Gilles Chaillet me propôs desenhar um álbum da série em projeto « ROMA AETERNA ». Isso foi em junho de 2010.
Como escrevi ontem, ele pensava apresentar-me uma sinopse detalhada no outono passado, prevendo o arranque do trabalho para o corrente ano de 2011. Infelizmente, os seus problemas de saúde – com os quais ele próprio brincava – foram adiando a concretização do vasto projeto.
Isso deixou-me muitas vezes angustiado, sem saber bem o que fazer na espera do argumento de Gilles. Nesse clima bastante tenso, criei este blogue e, no que toca ao projeto DIADEMA, desenhei algumas pranchas – frequentemente incompletas – e experimentei a colorização digital (veja-se a imagem da prancha 5 já publicada). Não estou verdadeiramente convencido com o resultado mas aproveitei o tempo para desenvolver competências sobre os imensos recursos de Photoshop.
Anteontem, de um golpe, tomei conhecimento da morte de Gilles e tudo se alterou. « ROMA AETERNA » não existirá mais e é urgente que eu me decida entre diversos projetos. E depois, o mais difícil, é preciso que encontre um editor.
Le Diadème A., planche 15, image 5 (c) 2002 Luís Diferr
Il s’agit d’un projet commencé il y a longtemps, destiné à un ami dessinateur portugais, qui n’a pas eu de suite à l’époque. Je l’ai reformulé et développé plus tard et, en avril 2002, entrepris le dessin moi-même : encre de chine et couleur directe à l’aquarelle. Mais j’ai dû arrêter, surtout à la fin de l’année lorsque j’ai commencé à travailler sur le Voyage de Loïs au PORTUGAL.
En tout cas, je n’ai jamais abandonné le projet et, au cours du temps, il a bien évolué. Il compte, en ce moment, deux cycles de deux albums chacun. Mais la vie n’est pas toujours facile, le courage n’est pas toujours présent et la concrétisation de ce projet (parmi d’autres) avance à petits pas.
Alors, après la parution du PORTUGAL, confronté au désintéressement de l’éditeur Casterman, j’hésitais entre trois ou quatre hypothèses lorsque Gilles Chaillet m’a proposé de dessiner un album de sa série en projet « ROMA AETERNA ». Ça a été en juin 2010.
Comme je l’ai écrit hier, il pensait me présenter un synopsis détaillé à l’automne passé, en envisageant le démarrage du travail pour le courant 2011. Malheureusement, ses problèmes de santé – avec lesquels il plaisantait lui-même – ajournaient la concrétisation de son vaste projet.
Cela m’a rendu souvent angoissé, sans savoir bien quoi faire dans l’attente du scénario de Gilles. Dans ce climat plutôt tendu j’ai créé ce blog et, en ce que concerne le projet DIADÈME, j’ai dessiné quelques planches – souvent incomplètes – et essayé le coloriage numérique (voir l’image de la planche 5 déjà publiée). Je ne suis pas vraiment convaincu du résultat mais j’ai profité le temps pour pousser mes compétences sur les immenses ressources de Photoshop.
Avant-hier, d’un coup, j’ai appris la nouvelle du décès de Gilles et tout a bousculé. « ROMA AETERNA » ne sera plus et il faut que je me décide parmi quelques projets. Et puis, le plus difficile, il faut que je trouve un éditeur.
Espero que isso chegue a bom porto, pois o pouco que por aqui se viu revela algo que pode ser muito interessante. Um abraço.
ResponderEliminarObrigado, caro João Sempre Atento.
ResponderEliminarChegar a bom porto, com o rumo que o barco leva, afigura-se difícil.
Em todo o caso, o timoneiro decidiu há poucos dias enveredar por outro projeto. E não foi má ideia, refrescou o vento e o gosto pelo 'fabrico' de uma BD voltou! Ontem foi um dia propício para isso, apesar de alguns problemas; o desenho, em particular, apresentou-se fluente e bastante aceitável.
Ou seja, se isto fosse um concurso de cozinha, o peixe no forno não estaria ressequido e talvez o Chef não desgostasse do resultado.
E isso faz-me lembrar que é hora de jantar.
Um abraço.
Tenho pena, pois o material aqui apresentado sugere algo de muito interessante. mas fico contente, por ver que o artista não pára e que o forno está sempre a laborar. Um abraço.
ResponderEliminar