BANDA DESENHADA, HISTÓRIAS E ILUSTRAÇÃO / BANDE DESSINÉE, HISTOIRES ET ILLUSTRATION / COMICS, STORIES AND ILLUSTRATIONS

domingo, 20 de abril de 2014

O Diadema Atlante (R1)

PRÓLOGO
Há muito tempo, na colina do que é hoje o Castelo de S. Jorge, em Lisboa, uma bela jovem de cabelo claro como o feno, com uma franja sobre a testa e elaboradas tranças a emoldurar o rosto, observa o largo curso do rio, lá em baixo, na direção do sol. Um longo vestido de linho branco cinge-lhe o corpo esbelto, leves sandálias protegem-lhe os pés. O seu olhar azul, doce e enigmático, fixa por um momento a longínqua foz do rio, enquanto um vago sorriso lhe ilumina a expressão de paz interior.

Como imersa em pensamentos, afasta-se um pouco do parapeito do terraço e senta-se a uma larga mesa de mármore, à sombra de um toldo ricamente ornamentado, defronte de uma espécie de pergaminho. Começa então a escrever, numa elegante caligrafia:

“Aqui, no Palácio da Colina Sagrada, de onde avisto o estuário do grande Tagus Thar, belo e resplandecente sob o sol, eu, GrimStir, escriba de ErinSamat, a bela, narro a sua história, a do meu pai Satrian e da minha mãe Silka, e a história dos últimos dias da Atlântida, que se afundou sob a cólera conjunta de TheraNarit e de HagThar. Narro a história do novo reino criado nesta terra por ElasSipos, filho de DiramAtlas e descendente da mais distinta linhagem real.

Eu, a última criança da Atlântida, acolhida nos braços de TheraNarit no próprio dia do meu nascimento, rendo-lhe graças pela sua proteção contra os elementos descontrolados e contra a fúria de um grande número de deuses e heróis. Narro a história épica tal como me foi contada por muitas pessoas, nomeadamente a minha mãe e a minha avó Naramet, cuja ternura foi permanente ao longo dos meus 17 anos, ontem completados.

Narro a história conhecida e lendária do Diadema Atlante, durante muito tempo à guarda da nobre e sábia ErinSamat, a deusa humana de fronte luminosa que por amor renunciou aos seus votos. O meu pai, o louco companheiro de tantos homens intrépidos, levou uma vida aventurosa, das montanhas da Atlântida às estepes de África, até ao dia em que se maravilhou à vista de ErinSamat pondo o Diadema na própria cabeça, aquele dia em que a minha bela dama se tornou a Grande Sacerdotisa do Templo do Promontório Sagrado. Naquela deslumbrante manhã, ele desejou-a com imbatível devoção, e por essa devoção procurou-a na sua casa, atravessou a Porta dos Leões e ali a encontrou. Nunca, até então, tinha enfrentado tão grande perigo!"

Imagem da BD (em produção)

quinta-feira, 17 de abril de 2014

A incrível cena do rio

River Scene from "Tarzan and his mate" (1934)
[Digitally edited]

Na troca de e-mails com o meu irmão que ontem fez anos, respondi-lhe que, de facto, é extraordinário encontrar num filme "familiar" imagens de uma mulher nua a nadar!


Repare-se que o filme foi lançado no dia 16 de abril de 1934 (fez ontem 70 anos!); ora, justamente, "foi preciso que a Legião Católica da Decência ameaçasse com um boicote nacional em 1934 para que os magnatas [da indústria cinematográfica] aceitassem o sistema de auto-regulação voluntária conhecido como o Código de Produção, que estipulavam que os guiões e as edições finais dos filmes tinham que ser aprovadas pelo gabinete de Hayes* para gararntir o seu lançamento." 

Em "100 ideias que mudaram o cinema", de David Parkinson, © 2012 Lawrence King Publishing, Ideia nº 48: "A Censura"


”Mas uma série de escândalos que manchou a reputação da comunidade cinematográfica no início da década de 1920 convenceu os estúdios a demonstrarem a sua contrição adotando a lista de «Não Fazer e Ter Cuidado» redigida por Will H. Hayes na Associação de Produtores e Distribuidores de Cinema (USA) (Idem, também na Ideia nº 48).

Ou ainda: “The Motion Picture Production Code was the set of industry moral censorship guidelines that governed the production of most United States motion pictures released by major studios from 1930 to 1968. It is also popularly known as the Hays Code, after Hollywood's chief censor of the time, Will H. Hays.”
  In Wikipedia


River Scene from "Tarzan and his mate" (1934)
[Digitally edited]

quarta-feira, 16 de abril de 2014

O aniversário de Tarzeco

Tarzan and his rival

No dia de aniversário do meu irmão mais novo (em tempos conhecido como Zeco) , resolvi dedicar-lhe uma graça - desta vez baseada não em Blake & Mortimer ou no Major Alvega mas no ícone Tarzan.

Quando terminei, e depois de lhe enviar a fotonovela, decidi publicá-la aqui. Porque outros poderão achá-la engraçada. PARABÉNS, ZECO!


Nota: para produzir a fotonovela utilizei imagens obtidas na internet, sobretudo do filme "Tarzan and his mate", lançado mundialmente a 16 de abril de 1934 - isto é, há exatamente 70 anos!! Afinal, há ou não há extraordinárias coincidências?

domingo, 13 de abril de 2014