BANDA DESENHADA, HISTÓRIAS E ILUSTRAÇÃO / BANDE DESSINÉE, HISTOIRES ET ILLUSTRATION / COMICS, STORIES AND ILLUSTRATIONS

terça-feira, 24 de maio de 2011

Paul Gillon (11/05/1926 – 21/05/2011)

 
“La Survivante”, Ed. Albin Michel, 1985

“Victorine” de Gillon. Carte postale : image de la planche 39 de “Les Léviathans ”,
Ed. Les Humanoïdes Associés, 1982

Acabo de saber da morte de Paul Gillon, no passado dia 21. Poucos dias antes completou 85 anos.

Eis um homem a quem quero prestar homenagem, um autor pelo qual sinto uma grande admiração; um desenhador notável, de traço fluido sobre pranchas enormes, o justo herdeiro de Alex Raymond, o responsável de um classicismo actualizado ao longo de uma longa carreira.
Recentemente, desde 2009, a sua série mais célebre, “Os Náufragos do Tempo” (inicialmente com Jean-Claude Forest) conheceu uma reedição magnífica, contando com uma cor inteiramente refeita (um excelente trabalho digital de Yannick et Hubert).

Tenho sob os meus olhos um velho “Schtroumpf – les cahiers de la bande dessinée” de 1978, incrivelmente comprado em São Paulo.
Na página 29 deste nº 36, dedicado a Paul Gillon, o crítico Henri Filippini dizia a seu respeito: “Um desenho que cheira bem a aventura”. E na página 19, à sua pergunta

“Como é que você trabalha? Depressa ou devagar?”,

o visado respondeu:

“Depressa quando é preciso, devagar quando me agrada”.

Saudações, Monsieur Gillon, você ficará na história da BD como um dos seus mais notáveis autores!

“Schtroumpf” nº 36, Glénat Ed., 1978

Je viens d’apprendre le décès de Paul Gillon, le 21 passé. Il venait d’avoir 85 ans.

Voici un homme à qui je veux rendre hommage, un auteur pour lequel j’éprouve une grande admiration ; un dessinateur remarquable, au trait fluent sur des planches énormes, le juste héritier d’Alex Raymond, le responsable d’un classicisme mis à jour pendant une longue carrière. Récemment, dès 2009, sa série phare “Les Naufragés du Temps” (d’abord avec Jean-Claude Forest) a connu une réédition magnifique, comptant avec un coloriage entièrement refait (un excellent travail numérique de Yannick et Hubert).

J’ai là sous mes yeux un vieux “Schtroumpf – les cahiers de la bande dessinée” de 1978, incroyablement acheté à São Paulo.
En page 29 de ce nº 36, dédié à Paul Gillon, le critique Henri Filippini disait à son sujet : « Un dessin qui sent bon l’aventure ». Et en page 19, à sa demande
« Comment travaillez-vous ? Vite ou lentement ? »,

le visé a répondu :

« Vite quand il le faut, lentement quand il me plait ».

Chapeau, Monsieur Gillon, vous resterez dans l’histoire de la BD comme un de ses plus grands auteurs !

Paul Gillon
em julho de 2008 / en juillet 2008

“Les Naufragés du Temps”, réédition Ed. Glénat, 2008/9 (1ère édition : Les Humanoïdes Associés, 1974/8)

Referências na Internet / Références sur internet:

2 comentários:

  1. Mais um grande mestre que nos deixou... Felizmente fica a obra. É a consolação que nos resta.

    ResponderEliminar
  2. Cheguei a vê-lo, uma única vez, em Angoulême, mas a distância e em conversa com amigos e colegas, o que - hélas - me impediu de contactar com ele, autor por quem eu nutria grande admiração.
    GL

    ResponderEliminar